Ótimo vídeo do pessoal da Ong Mata Ciliar; grandes influências:
domingo, 3 de abril de 2011
SINALIZAÇÃO DAS RODOVIAS
Você sabe o significado da placa abaixo?
Provavelmente muitos associaram com a imagem abaixo não é verdade!?
Esta placa classificada como de “Advertência” (ou seja, que alerta sobre um perigo a frente seja ele permanente ou eventual) significa: “Animais selvagens” e não é muito clara quanto à mensagem que deveria passar. O intuito da placa é informar ao motorista que há possibilidade de fauna silvestre atravessar a pista no trecho, de tal forma que o mesmo deva diminuir sua velocidade para evitar colisão com os animais. No trecho entre Uberaba e Uberlândia há duas placas indicando tal sinalização. São trechos de reta em que os automóveis alcançam velocidades superiores a 110 km/h com facilidade. Já entre Uberaba e Nova Ponte não há nenhuma, nem mesmo nas proximidades de importantes reservas ambientais. O que observo é que os motoristas em sua grande maioria não respeitam a sinalização destes locais, ignorando o aviso. Conseqüentemente, o número de atropelamentos nestes locais é evidente.
Realmente a situação é deprimente.... Mas o que está errado? Mais placas devem ser colocadas?
Em minha opinião é necessário não gastar em quantidade, mas em qualidade com a sinalização das nossas rodovias. Infelizmente o motorista brasileiro de forma geral não recebe a devida educação ambiental nos cursos de habilitação. O resultado é a formação de motoristas imprudentes, que não respeitam a sinalização e depreciam a fauna e flora próximas às rodovias. Desta maneira, o ideal seria a colocação de placas de sinalização de velocidade e radares de fiscalização de velocidade nas proximidades destes importantes corredores biológicos, pois o brasileiro só aprende quando se mexe no seu bolso. Tudo isso associado às campanhas de educação no trânsito não só com os motoristas, mas também com toda sociedade serão capazes de diminuir expressivamente a taxa de atropelamentos nas nossas estradas, além de formar cidadãos mais conscientes.
domingo, 27 de março de 2011
Gato-Mourisco
Neste domingo (27/03) tivemos uma surpresa ao encontrar um espécime de Gato-mourisco (Puma yagouaroundi, SAINT-HILARE, 1803) atropelado na rodovia BR-050, entre Uberaba, MG e Uberlândia, MG. Esta espécie, tão pouca estudada na nossa região já é considerada como vulnerável pela IUCN (IUCN, 2010) e está na lista de apêndice II da CITES (CITES, 2010). Acredito se tratar de uma sub-espécie P. yagouroundi melantho devido sua coloração.
Este felino tem aparência bastante distinta. Seu corpo é delgado e alongado. A cabeça é pequena e achatada, as orelhas curtas e arredondadas, as pernas curtas e a cauda muito longa. Possui coloração variando do preto ou castanho escuro ao avermelhado. Os indivíduos de coloração mais escura estão comumente associados a florestas enquanto que os mais claros são encontrados em ambientes mais secos. (PRÓ-CARNÍVOROS, 2011).
Há poucos estudos sobre a espécie no Brasil, mas acredita-se que tenha hábitos crepusculares ou diurnos, diferente da maioria das outras espécies de felídeos. No Brasil, a maior área de vida catalogada deste indivíduo foi de 25,3 km² para um indivíduo macho adulto (TROVATI, 2004).
Os que me conhecem um pouco que seja sabem da minha paixão por felídeos. Nunca havia encontrado um espécime deste em vida livre...digamos que não foi a melhor maneira de nos conhecermos!
Comprimento do corpo (cm): 63 (48-83) a Cauda (cm): (27-59)
Dieta: Carnívora
Peso (kg): 4.5 (3-9) Altura (cm): Área de vida (km2): (1.8 - 94)
Número de filhotes: (1-4) a Gestação (dias): (63-75)
Longevidade (anos): ???
Estrutura social: Solitários
Padrão de atividade: Diurno / crepuscular
Dieta: Carnívora
Peso (kg): 4.5 (3-9) Altura (cm): Área de vida (km2): (1.8 - 94)
Número de filhotes: (1-4) a Gestação (dias): (63-75)
Longevidade (anos): ???
Estrutura social: Solitários
Padrão de atividade: Diurno / crepuscular
O PROJETO
Dentre os diversos impactos oriundos das estradas estão a poluição sonora e luminosa; dispersão de espécies pela região; atropelamento de fauna local e transitória e principalmente; fragmentação do habitat. (TROMBULAK; FRISSEL, 2000)
Segundo Lima et al. (2009), os atropelamentos ocorrem em função de dois aspectos principais: A rodovia corta o habitat de determinado taxon, interferindo na faixa de deslocamento natural da espécie, o mesmo acontecendo para uma rodovia estabelecida em área de migração ou pela disponibilidade de alimentos ao longo das rodovias, que serve de atrativo para fauna. O monitoramento de animais silvestres atropelados, conhecidos como “fauna de estrada” pode servir como padrão de estudo de deslocamento e dinâmica sazonal da fauna, além de fornecer um parâmetro de conservação local (FISHER, 1997).
O projeto tem como principal objetivo realizar um levantamento de vertebrados silvestres mortos por atropelamento no trecho das rodovias MG-190 e MG-427, entre os municípios de Uberaba, MG e Nova Ponte, MG; BR-050, entre os municípios de Uberaba, MG e Uberlândia, MG e; BR-262, entre os municípios de Uberaba, MG e Araxá, MG a fim de averiguar quais os trechos com maior incidência de atropelamentos bem como as principais espécies afetadas e proporcionar assim que os órgãos de controle da biodiversidade e do trecho em questão tomem medidas preventivas para conservação da fauna local.
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